Domingo dia 11/11 chego ao Templo de Botafogo por volta de 9:30h da manhã para o curso tão indicado e elogiado da editora da revista que me acompanha há tantos anos, a Vida Simples. Logo que chego sou recebida pela Andréa Samico, e vejo pela lateral da cantina ela, Ana Holanda.
Ana é uma mulher delicada em seu tom de voz, em seu caminhar e gesticular. Um potinho de doçura e afeto.
Assim que começa o curso ela já explica que existem milhões de textos “nati mortos”, são aqueles que nascem e morrem imediatamente. Textos que não afetam, não conversam e não conectam, aqueles que o leitor lê e descarta. Na mesma hora eu fiz UAU! é verdade. Ela continuou pontuando que existem outros textos que gritam, que separam, que são arrogantes e prepotentes. E mais uma vez soltei um UAU, agora com uma sensação de tapa na cara. E percebi que sim, para conectar é preciso conversar, é preciso descer o tom, é preciso achar o extraordinário no ordinário do dia a dia para que aconteça o encontro.
Logo após a primeira parte do curso Ana propõe um exercício em dupla e assim me encontro com a querida Thais, uma educadora, escritora e professora de inglês e teatro. Ela me dá de presente um texto de extrema delicadeza sobre mim, e eu choro e sinto meu coração vibrar por tamanha delicadeza e profundidade que o texto da Thaís fez a partir de um papo rápido(apenas 10 minutos) sobre quem eu era. Sinto que ganhei o meu domingo ali, agradeço e abraço Thais com um pedido de permissão para publicar aquela jóia rara que o Universo me presenteou. Ela diz que claro que sim e continuamos com os exercícios.
Após o ultimo exercício que acontece uma revisão da própria Ana no texto de cada um. O encontro com a “mestra” é lindo, profundo e enriquecedor, e saio de lá com a sensação e a vontade de escrever muito, errar muito, me conectar muito e olhar para a escrita criativa e afetuosa como uma linda ferramenta de troca que tenho em mãos e colocar no mundo tudo que borbulha aqui dentro há anos, mas que as vezes o medo, a arrogância e as reflexões profundas não me permitiram.
Gratidão a essa mulher tão pequena e doce, emotiva e profunda por me guiar nesse mundo novo da escrita afetiva 🙂