A terapia de orientação junguiana, como o nome já diz, é baseada nas ideias de Carl G. Jung e pós junguianos, seu objetivo principal é auxiliar o indivíduo a resgatar sua essência, através do contato com seu “self”, para que dessa forma ele possa viver de acordo com quem realmente é.
Também chamada de Psicologia Analítica, ela trabalha para integrar aspectos inconscientes à consciência e estabelecer um equilíbrio entre o mundo interno e externo.
Na terapia junguiana, terapeuta e paciente trabalham juntos para reencontrar o caminho que tem mais a ver com a essência do paciente. (o caminho de tratamento que faz mais sentido para cada um.)
O paciente pode ficar à vontade para falar o que quiser. Qualquer situação que tenha lhe causado algum afeto pode ser analisada e refletida.
O terapeuta irá buscar compreender simbolicamente o que aquela situação está representando para o paciente. O paciente, por sua vez, começa a compreender melhor a si mesmo e como ele “funciona” no mundo.
Compreender simbolicamente quer dizer ir além do significado óbvio das situações, buscando entender o que mais está carregando aquela situação de afeto (podem ser experiências e vivências prévias, crenças, conceitos, etc).
Além da fala, o terapeuta junguiano pode trabalhar com a análise de sonhos, imaginação ativa, jogo de areia, arteterapia ou qualquer recurso que envolva material psíquico do paciente.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre qual é o papel do terapeuta durante as sessões, já que isto pode variar bastante de acordo com a linha que o psicólogo segue.
O terapeuta de orientação junguiana geralmente é bastante participativo na sessão, ele ouve e faz pontuações para refletir junto com o paciente.
De acordo com Jung, a interação entre as personalidades do terapeuta e paciente é um dos fatores que promove a transformação na terapia, e isto só é possível quando se estabelece uma relação genuína entre ambos.
Por isso a relação terapêutica tem um papel fundamental, e ela vai se construindo e se fortalecendo ao longo das sessões.
A terapia junguiana não é rígida e segue os movimentos da própria ordem psíquica do paciente. Neste sentido, ela não é uma terapia linear, mas funciona de modo espiral: trabalham-se algumas questões num momento e é possível voltar a essas mesmas questões em um outro momento, para analisá-las sob um novo ângulo.
Tudo isso vai transformando o modo como o paciente lida com seus próprios conteúdos.
Compreendendo a complexidade da psique e a individualidade de cada ser humano, Jung nunca desejou criar um manual preciso sobre como deveria ser a psicoterapia. Para ele “não existe uma receita de vida válida para todo mundo. Cada qual tem sua forma de vida dentro de si, que não pode ser suplantada por outra qualquer”.
É uma terapia de longa duração, mas seus benefícios já podem começar a ser percebidos nas fases iniciais e no decorrer de todo o processo.
Entender o que nos leva a ter alguns tipos de comportamentos, sentimentos e emoções, e as dinâmicas inconscientes por trás deles é importante para que possamos transformar o modo como nos relacionamos com nós mesmos e com o mundo.
Quando integramos conteúdos inconscientes ao nosso senso de eu, aprendemos a olhar para nós mesmos e para os outros com menos julgamento e mais aceitação. Ou seja, aos poucos podemos mudar a atitude que costumávamos ter em relação à vida.
Embora não seja possível mudar o que já aconteceu em nossa história, o que esses fatos passaram a significar simbolicamente pode ser remodelado, repensado e ressignificado.
Isto pode trazer uma mudança de atitude muito benéfica e transformadora.
Algumas situações que podem indicar que você precisa da terapia junguiana são:
Caso você se identifique com alguma dessas situações, saiba que a terapia junguiana pode ser de grande ajuda. Não existe idade e nunca é tarde demais para que você dê um grande passo em busca das transformações que deseja para sua vida.